Minha história

Sou Thaís Domingos, psicóloga junguiana, guardiã de travessias femininas e criadora do projeto As Raízes do Feminino.
Atuo como psicóloga clínica de mulheres desde 2016, formada em clínica junguiana e no uso terapêutico das imagens simbólicas como expressão do inconsciente, nos sonhos, contos e mitos.
Atendo online e presencialmente em São José do Rio Pardo (SP) e facilito círculos de mulheres desde 2017. Sou uma estudante eterna, tenho verdadeiro amor pelo estudo. Além da psicologia, amo estudar a voz cantada e todo tipo de expressão na música. Minha história com o canto é desde a adolescência nos corais da igreja. Cantar é meu hobby preferido e também meu maior recurso de autorregulação emocional. Cantar me ajuda a acessar minha extroversão, minha segurança em soltar a voz da alma e me conectar com o meu corpo.
Cresci tímida, boazinha demais, sem dar trabalho, sempre envolvida na ajuda ao outro, principalmente vindo dos valores cristãos. Calada na voz, mas com o corpo sempre gritando, sensível a todos os estímulos sensoriais. Meus pais me deram espaços para me expressar e diminuir a timidez em famílias, escolas e grupos religiosos católicos. Dancei, encenei, cantei, falei, ri, chorei, fui acolhida, amada, fiz amigos, me apaixonei e me casei em um dos rituais mais emocionantes da minha vida.
Nesse processo encontrei a psicologia e uma nova forma de expressar minha voz e minhas dores. Encerrei ciclos, coloquei limites, aprendi que ser boazinha demais, doadora em excesso, escondia a dor e a dificuldade em pedir ajuda e se autocuidar. Ser muito responsável desde criança faz de todas nós mulheres, inclusive eu, mulheres que não se priorizam. A maneira como a sociedade criou a imagem em torno da mulher que precisa ser apenas “santificada, educada e maternal” infelizmente nos trouxe muita culpa e prejudicou a nossa saúde emocional, nos deixando vulneráveis e desprotegidas. Nessa dinâmica me relacionar era exaustivo e eu saí do meu casamento mergulhando no mistério do luto. Ouvi meu corpo, minhas emoções de raiva, tristeza, medo, culpa e vergonha, aprendi que cuidar de mim era tão importante quanto cuidar do outro e pedir ajuda é tão necessário quanto oferecer. Aprendi a ser boazinha para mim, escolhendo o melhor para minha vida, mesmo que para os outros eu fosse megera ou louca. Aprender o equilíbrio entre cuidar de si e cuidar do outro é um dos maiores desafios da maioria das mulheres em nossa sociedade, que as culpa por serem egoístas, além de que atravessar as emoções para assumir a mulher que se escolhe e finaliza ciclos, rompendo com velhos padrões é ainda mais desafiante.
Por isso, minha escolha em trabalhar com o cuidado da saúde mental de mulheres é desse lugar de cuidadora de si e do outro. Hoje eu percebi que já sabia o caminho quando escolhi trabalhar com “As Raízes do Feminino”. Sempre quis simbolizar o despertar da mulher para algo inconsciente e, intuitivamente, escolhi a palavra “raízes”. Olho para trás e vejo que fui guiada por um lugar interno sem ainda saber aonde chegaria. Estudei a travessia emocional feminina pela abordagem junguiana, acompanhei mulheres em atendimentos e grupos, e sigo vivendo meu próprio processo de autoconhecimento.
Só depois de me conectar à minha dor e também ao cuidado ainda maior dela, ganhei mais consciência desse trabalho. Não trago todas as soluções para a sua vida, mas me coloco como guardiã e guia da sua travessia única, rumo ao que ainda está inconsciente, rumo ao retorno a si própria, florescendo com a potência da sua voz nesse mundo. Meu trabalho é fruto de um processo profundo, complexo e respeitoso. Vivo meu processo profissional e emocional com a profundidade e sensibilidade da minha alma. Aqui você vai encontrar uma mulher imperfeita e real, que estuda muito para dar o seu melhor como profissional.
CRP: 06/133783